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Rubrica Semanal - Artigo técnico de Basquetebol - 21 de Março de 2012

Se eles dizem... (13) Austrália, 1991: "O treinador deve lembrar-se que só o treino de uma execução correcta conduz a uma execução correcta" 

Por vezes ouvimos ou lemos citações de uma frase em inglês que usamos de uma forma simplista, imediata e pouco pensada, querendo com isso valorizar a importância do treino. É esta a principal razão que faz repetir a ideia de que “practice makes perfect”, querendo com isso dizer que o treino, o exercício e a repetição que ele proporciona, irão conduzir ao aperfeiçoamento progressivo dos desempenhos a caminho da perfeição.


Como sempre é fundamental refletir sobre as palavras que dizemos, de modo a não nos deixarmos levar por deficientes interpretações nem por conceitos superficiais, abordando-os apenas pela rama.


Não! Não é verdade que a mera prática do treino, a simples repetição do exercício traga sempre os efeitos positivos que o treinador deseja alcançar.

A finalidade que acompanha todos os treinadores, de ver os seus jogadores a realizarem com perfeição os elementos do Basquetebol, numa mistura inseparável de eficácia da ação com eficiência do gesto, só pode ser atingida com exercícios e repetições corretamente executados.

Por isso, no treino, não basta fazer! É preciso e indispensável fazer bem! E este objetivo só pode ser alcançado numa parceria empenhada e participada do treinador e do jogador, visível em cada exercício e em cada execução, onde o primeiro, o treinador, tem de assumir um papel muito importante, seja diretamente na condução do treino, seja, por outro lado, nas intervenções que faz junto do jogador, levando-o a ser, ele próprio, o sujeito dessa atitude.

Quem aprende, tal como quem ensina, não pode deixar-se levar apenas pelo sucesso da ação. Se isso constitui o patamar final a que queremos chegar, durante o processo de aprendizagem essa atitude não deve ser a prioritária. Um lançamento ao cesto que entra, quando se está a ensinar um jogador a lançar, não pode ser encarado sempre como um momento de sucesso. Depende da forma como o mesmo foi realizado e conseguido.

É por tudo isto que vos desafiamos a refletir sobre algumas outras afirmações que ouvimos fazer e fazemos, como aquela de um treinador americano que esteve entre nós na década de 80 do século passado, quando afirmava que a diferença entre um lançador médio e um bom lançador são 500 lançamentos por dia. Quando é que isto se aplica? Em que momentos da aprendizagem e em que condições?

Fonte:Associação Nacional de Treinadores de Basquetebol -> http://www.antb.pt/